IDOSOS PODEM FAZER ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA?

O número mundial de idosos cresce com a paulatina ampliação da longevidade. A mudança no perfil demográfico requer mais cuidados com a saúde, envolvendo tratamentos simples, mas eficazes e  econômicos, proporcionando baixa morbidade e, ainda mais importante, que sejam bem tolerados por essas pessoas.

A estimativa é dobrar o número de indivíduos com mais de 65 anos e triplicar a quantidade de quem terá mais de 75 anos, até 2025, sendo que,  entre 85 e 100 anos, serão multiplicados por quatro. Neste caso, as mulheres requerem uma atenção especial para manutenção da qualidade de vida em relação às varizes.

Infelizmente, a doença venosa também evolui com o tempo, acumulando os estragos naturais, devido à somatória de veias falidas. O processo é decorrente de uma série de efeitos em cascata, desgastando a rede venosa drenadora do sangue nos membros inferiores.

Envelhecer não é uma patologia em si, porém, o processo gera modificações celulares, extracelulares e bioquímicas no organismo. É possível observar uma dificuldade de reparação celular e bioquímica (neuromediadores, tecido conjuntivo e elástico), provocando uma gênese de múltiplas doenças.

A prevenção está em manter o corpo em atividade, fazendo  caminhadas ou praticando outros tipos de exercícios. A verdade é que ficar parado gera um impacto ruim em vários sistemas do corpo.

Alguns fatores agravam a doença venosa, como a presença de outras patologias associadas, levando ao sedentarismo, ou seja, o isolamento do idoso da família com diminuição da atividade social, dificuldade financeira e alimentação deficiente, incluindo o comprometimento da dieta alimentar.

A recomendação é uma consulta para avaliação clínica, analisando o estado geral e, sobretudo, uma investigação da rede arterial. O diagnóstico pode ser feito, juntamente com o ecodopler, mapeando as veias doentes para tratamento. A avaliação venosa deve contemplar um estudo detalhado sobre as fontes e o território do refluxo venoso.

A segurança e a eficácia do tratamento das varizes com espuma escleroterápica foram aprovadas pelo National Institute of health and Clinical Excelence (Nice), órgão governamental do Reino unido.

Os últimos estudos indicaram a escleroterapia na geriatria. O especialista Schadeck. M pesquisou a técnica em 164 mulheres e concluiu que é mais fácil o tratamento entre idosos que no jovem, inclusive, com menos sessões.

A escleroterapia com espuma é uma técnica simples, eficaz e com poucos efeitos colaterais. O processo permite tratar pessoas que não podem ser indicadas para cirurgia, uma vez que a intervenção envolve complexidades, como hospital e anestesia. A espuma ainda é recomendada para portadores de úlcera de estase que, normalmente, não são operados.

O papel dos médicos é propiciar uma longevidade mais feliz, incluindo qualidade de vida e bem-estar.

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